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Coluna “Alta Roda”: Não é pouca coisa

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Fernando Calmon

Os lançamentos não param esse ano em todos os segmentos. E haja fôlego para os jornalistas correrem atrás. Quem enfrentou o tranco, teve que viajar de Düsseldorf, Alemanha (Chevrolet Cruze) até San Diego, EUA (Nissan March) com apenas 10 dias de intervalo. Ou se contentar em avaliar os dois modelos por aqui mesmo.

Substituindo o Vectra, o produto da GM entrou na briga de uma renovação completa no subsegmento de sedãs médios-compactos, como nunca se viu. Dos franceses Renault Fluence e Peugeot 408, ao alemão VW Jetta e ao sul-coreano Kia Cerato. E há mais: Hyundai Elantra, em outubro, e Honda Civic, até dezembro.

Partindo de R$ 67.900 (LT) o Cruze está bem inserido entre os concorrentes quanto a itens de série: controle eletrônico de tração (TC) e de trajetória (ESC), rodas de alumínio de 17 pol e ar-condicionado digital que detecta poluição. Versão de topo LTZ (R$ 78.900,00) oferece seis airbags, central de mídia de 7 pol com navegador, câmbio automático de seis marchas com seleção manual, entre outros. O fabricante subsidiou esse câmbio na versão de entrada, pois oferece a opção por apenas R$ 2.000,00.

Oferece um interior aconchegante e moderno, ajudado pelo acabamento em dois tons. Infelizmente perdeu o plástico de toque macio do painel do Vectra. Banco do motorista firma bem o corpo, mas o encosto se regula por alavanca. São bons o espaço atrás (2,685 m de entre-eixos) e porta-malas de 450 litros. O motor de 1.8 L, moderno e elástico, tem dois comandos variáveis, 16 válvulas, 144 cv e quase 19 kgf•m (etanol). Bem acertado de suspensões (convencionais), agrada ao dirigir. Alguns ruídos surgem na parte traseira em piso irregular e a costura do couro dos bancos deveria ser no capricho.

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A Nissan desbravou, para as marcas japonesas, o segmento mais difícil e concorrido: compactos de motor de 1 litro. Até agora os nipônicos se encastelavam nos modelos de maior rentabilidade, arriscando pouco. O March apresenta estilo palatável (dentro de sua gama atual), bom espaço interno em especial para cabeças no banco traseiro, bom coeficiente aerodinâmico (Cx 0,33), câmbio de engates precisos e robusto motor Renault, 16v, de 74 cv. Consumo declarado com etanol (norma NBR 7024) é de 9,5 km/l (urbano) e 13,7 km/l (estrada), otimista demais, considerando que as duas primeiras marchas são bem curtas. Em estrada deve ir melhor, em consumo.

Porta-malas está na média dos concorrentes (265 litros). Pontos altos são visibilidade, direção assistida eletricamente e diâmetro de giro de apenas 9 m o que melhora a manobrabilidade. Preço de partida – R$ 27.790,00 – surpreende por entregar airbag duplo de série, mas sem direção assistida e calotas sujeitas a buracos pelo seu diâmetro. Sem opção de ABS, neste primeiro catálogo, a decisão pelo airbag parece puro marketing. Versão completa, R$ 33.390. Com motor 1,6 L/111 cv, de origem Nissan, os preços vão de R$ 35.890 a R$ 39.990.

Sem dúvida, a Nissan tem um produto para incomodar quem já se estabeleceu no ramo há décadas. E sobre a mesma arquitetura do March lançará, já em novembro, o sedã Versa com entre-eixos maior e preço também competitivo. Não é pouca coisa.

RODA VIVA

DEMOROU a cair a ficha, mas fabricantes se convenceram de que preço fechado das revisões é ponto fundamental para competitividade. Daí o esforço da Nissan em oferecer preços razoáveis, no novo March. Nada de visita semestral à concessionária. Trocas de óleo, por exemplo, só a cada 12 meses ou 10.000 km. Até 60.000 km, gasto previsto total é de R$ 1.774,00.

CRUZE está indo muito bem no mercado americano, onde há inclusive versão Eco. Nesta, mudanças são as de praxe: diminuição de peso e altura, pneus de baixo atrito de rolagem e retoques aerodinâmicos. Surpreendentemente, 55% dos compradores pedem, na Eco, caixas de câmbio manuais para maior economia de combustível. Nos EUA, 90% usam câmbio automático.

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MOTORES V6 flex das picapes e SUVs da Mitsubishi, produzidas em Catalão (GO), deverão ser os primeiros modelos a oferecer de série partida a frio elétrica, aposentando de vez o reservatório auxiliar de gasolina. Até agora apenas uma versão do Polo, a Bluemotion, com pacote de economia de combustível, mas de vendas simbólicas, utiliza esse sistema de partida.

ARTISTA plástico Adelson Carneiro quer colocar o Brasil no livro de recordes do Guinness, construindo a maior maquete de tema automobilístico com veículos (escala 1/32) em movimento. Interativa, ela terá sinais de trânsito, ambientes diurno e noturno, vento, trovoada, neblina e até chuva fina. Área será de 1.000 m², possivelmente montada na capital paulista.

PNEUS aquém da pressão recomendada, que aumentam o consumo de combustível, são um problema mundial. Bridgestone checou, em 38.000 automóveis de nove países europeus, e conclui que nada menos de 71% dos motoristas dirigiam com pressão baixa nos pneus. E mais: 12% dos inspecionados mostravam espessura de banda abaixo do limite legal de 1,6 mm.

*fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Esportes

Coluna “Mecânica Online”: O mais rápido da imprensa automotiva

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Tarcisio Dias*

No mês de março de 2024, a Audi do Brasil comemora sua história de 30 anos no país com uma série de ações que homenageiam o passado, desafiam o presente e antecipam o futuro da mobilidade.

Uma das ocasiões mais marcantes para a imprensa automotiva, junto com a Audi, foi o evento de lançamento do R8 GT em 2011 – uma série limitada de 333 unidades, com apenas três destinadas ao Brasil e preço de R$ 1 milhão – e a oportunidade de alcançar a velocidade final do modelo numa reta plana de cerca de 5 km.

A pista de ensaios de voos da Embraer, em Gavião Peixoto, próximo a Araraquara, no interior paulista, a 310 km da capital, foi o local escolhido para essa aventura. É a mais longa pista das Américas — são 4.967 metros de comprimento por 45 metros de largura de asfalto perfeito.

Antes de prosseguirmos, vamos à Mecânica Online. O veículo apresentava uma motorização V10 de 5,2 litros —  um motor aspirado também utilizado no Lamborghini Gallardo LP560-4 – que produzia 560 cv a 8.000 rpm e torque de 55,1 kgfm a 6.500 rpm.

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A aceleração de 0 a 100 km/h acontecia em apenas 3,6 segundos e a velocidade máxima de 320 km/h. O câmbio era o R-Tronic, um manual robotizado de embreagem única, com pneus dianteiros 235/35R19 e traseiros 295/30R19.

Antes de entrarmos na pista, todos os participantes receberam um uniforme completo de piloto, passaram por pesagem e participaram de uma preleção para entender a dinâmica da ação.

Depois foi a vez de entrar no R8 GT, apertar os cintos de segurança de quatro pontos e observar a pista de pouso e decolagem que desaparecia no horizonte, aguardando a bandeira verde e a verificação dos pneus P Zero (44 libras na frente, 46 atrás). Tudo cercado por muita atenção e cuidados, com a segurança em primeiro lugar.

Alinhamos junto aos cones para a verificação final. A pista é larga e vamos ao volante tendo como carona o piloto Andre Nicastro, que dá as simples instruções: acompanhe a faixa contínua pintada na pista e nada de movimentos bruscos na direção.

Bandeira verde e pé na tábua! O motor ronca alto, mas não tão alto a ponto de atrapalhar. Em 3,6 segundos já estamos a 100 km/h, mas a largura da pista dificulta a percepção da velocidade, tudo parece passar rapidamente pela janela.

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Mantendo o pé no acelerador, o ponteiro do conta-giros se aproxima da faixa vermelha. Na quarta marcha atingimos 235 km/h, na quinta 290 km/h, na sexta… e o carro continua ganhando velocidade. A essa altura, se estivéssemos em um jato Embraer 190, já teríamos decolado.

No entanto, não decolamos, e um leve tremor no volante vem da pista irregular. Com uma grande asa traseira segurando o R8 GT no chão e tração nas quatro rodas, o carro permanece firmemente estável, não exigindo habilidades especiais.

A cerca de 300 km/h, o velocímetro digital se estabiliza. Há a clara sensação de que o som do motor V10 está ficando para trás… Para os observadores do lado de fora, próximo ao hangar, o som se assemelha ao de um caça a jato em voo rasante. Foi emocionante ver e ainda mais acelerar tudo isso!

Após aproximadamente 1 minuto e 40 segundos, passamos pelo posto de cronometragem: o velocímetro mostra impressionantes 330 km/h, topou no máximo. Faltou dizer que o modelo em testes veio direto da Alemanha para essa aventura e permitia atingir os 330 km/h, superior aos 320 km/h anunciado na ficha técnica.

Hora de mover o pé do acelerador para o freio, reduzindo a velocidade e o Audi responde prontamente.

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Ao final, a mente continua acelerada. Na curva fechada para voltar ao hangar, o velocímetro mostra 140 km/h, mas a sensação é de que o carro está quase parado, como se estivesse manobrando para estacionar em um supermercado.

Dos 5 km percorridos, 1,4 km foram dedicados à desaceleração e frenagem, uma distância mais do que suficiente considerando os freios de fibra de carbono. Devido à absoluta planicidade da pista, é possível perceber a curvatura da Terra, já que não se avista o final da pista.

De volta ao hangar, fui informado da velocidade máxima registrada: exatos 326,545 km/h. Foi uma experiência extremamente interessante e emocionante, ainda mais por ter sido o mais rápido da imprensa automotiva e por conquistar um prêmio especial e único pela realização.

A Audi realizou essa ação por dois dias, mais de 50 vezes, levando outros jornalistas e a própria equipe da Audi. Para isso, só precisou de reabastecimento (cinco litros de gasolina gastos a cada trecho) e da troca de um filtro de ar, mostrando a confiabilidade do modelo.

Na época, a liderança da Audi do Brasil estava sob a responsabilidade de Paulo Sérgio Kakinoff, que sempre esteve presente nos eventos da marca com a imprensa, e não foi diferente dessa vez.

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Foi um sábado memorável para todos os membros da imprensa automotiva, um verdadeiro parque de diversões para adultos!

E agora, ao comemorar seus 30 anos de Brasil, a Audi deve saber que a melhor maneira de garantir um futuro promissor é sempre lembrar das lições do passado e preservar seus valores, os quais muitas vezes, com as mudanças, acabamos perdendo, mas nunca é tarde para evoluir.

*Tarcisio Dias – Profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista. Desenvolve o site Mecânica Online® (mecanicaonline.com.br) e sua exclusiva área de cursos sobre mecânica na internet (cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.

Coluna Mecânica Online® – Aborda aspectos de manutenção, tecnologias e inovações mecânicas nos transportes em geral. Menção honrosa na categoria internet do 7º e 13º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Distribuição gratuita todos os dias 10, 20 e 30 do mês. https://mecanicaonline.com.br/category/engenharia/tarcisio_dias/.

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Alpha Notícias: JAC Motors passa dos 100 pontos assistenciais e amplia área de cobertura de pós-venda no Brasil

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Projeto “Oficina Credenciada – Expansão JAC Motors” é inédito, ousado e quer fomentar as vendas para novas localidades


A JAC Motors partiu para a estrada e foi buscar novos parceiros, visitando as cidades de todos os Estados do Brasil onde havia modelos da marca e potencial de vendas, realizando mais de 300 reuniões com representantes das principais oficinas dessas cidades e fechando com mais de 100 pontos assistenciais.

“Todas as cidades, sem exceção, foram visitadas presencialmente e, pelo menos, três ou quatro reuniões com os principais estabelecimentos de cada município foram feitos. Foi um trabalho monumental da nossa equipe”, destaca Nicolas Habib, COO da JAC Motors.


Na sequência, após vencida a etapa da documentação, as oficinas começaram a indicar os mecânicos para a realização de cursos de treinamento, objetivando a manutenção dos modelos elétricos da marca, mas também os veículos a combustão anteriormente vendidos no país.

Sob comodato, cada oficina recebeu um kit básico de ferramental para começar a trabalhar o pós-venda dos veículos da marca, composto por centrais eletrônicas de diagnósticos para veículos elétricos, diesel e gasolina, além de ferramentas específicas para os modelos da marca.

Também foi enviado para cada empresa um carregador wall box para carros elétricos. “Cerca de 70% dos municípios que receberam esses carregadores não tinham qualquer opção de recarga para modelos elétricos. Nós estamos colocando, portanto, mais de 70 novas cidades no mapa da eletromobilidade do país, uma vez que esses carregadores poderão ser usados por veículos de outras marcas”, destaca o COO da JAC Motors.

Nicolas lembra que, nos casos esporádicos em que um problema for mais complexo, as 110 oficinas contarão com o apoio dos Flying Doctors, equipe exclusiva com técnicos altamente treinados e disponíveis para resolver qualquer problema, seja por videochamada ou presencialmente em todo o Brasil.

Com um central de distribuição de peças, sediada em São Paulo, com mais de 12 mil itens catalogados, a JAC Motors vai estender às oficinas credenciadas a mesma performance que já emprega na remessa de peças de reposição para a rede de concessionários. “Nosso índice atual de atendimento é de 94% de envios para todos os pedidos de itens em um prazo de até 24 horas em um raio de 400 km e 48 horas para distâncias maiores”, finaliza o COO.
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Alpha Notícias: Organização confirma a nona edição do Encontro Brasileiro de Autos Antigos de Águas de Lindóia

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Maior encontro gratuito de carros antigos da América Latina estima um público de 500 mil pessoas de todo o Brasil


A nona edição do EBAA – Encontro Brasileiro de Autos Antigos de Águas de Lindóia está confirmada pela organização do evento e acontecerá entre os dias 30 de maio de 2 de junho, feriado de Corpus Christi, com visitação gratuita para o público.

“Águas de Lindóia já é sinônimo de carros antigos e há anos recebe colecionadores e entusiastas do gênero que vêm de diversas partes do País conferir o evento. Será mais uma vez uma linda festa e já estamos preparando com todo cuidado e carinho para que a edição de 2024 tenha o mesmo brilho ou que seja ainda melhor que nossa última edição”, diz Mingo Abonante, presidente do EBAA.

Mais uma vez o evento oferece um espaço de quase 70 mil m², com praça de alimentação completa com mais de 1.500 m² para atender o público, 450 estandes com peças para restauração, miniaturas colecionáveis, camisetas personalizadas, brinquedos antigos e antiguidades em geral, entre outras atrações. São esperados pelo menos 1000 carros para exposição e venda no jardim da Praça Adhemar de Barros, a central da cidade, e um público de mais de 500 mil visitantes.

Além de toda infraestrutura já conhecida, a nona edição do EBAA também terá a tradicional premiação dos modelos que mais se destacarem no evento. “Teremos a tão esperada batalha dos construtores, além da premiação do brilho perfeito, leilões, sem contar a presença de lendas do automobilismo nacional, shows e apresentações variadas, além da maior feira de peças, antiguidades e artigos para restauração da América Latina”, diz Junior Abonante, um dos organizadores do evento.

Também faz parte da programação da 9ª edição do EBAA, a realização em parceria com a CIRCUITO DE LEILÕES e o 4º Grande Leilão de Veículos Antigos de Águas de Lindóia.

As inscrições, para quem tiver interesse em levar seu veículo, para expor ou vender, estarão abertas a partir do dia 12 de março, pelo site, e só podem ser inscritos os veículos que tenham 30 anos ou mais, e vale ressaltar que os veículos fabricados entre os anos 1980 e 1994 só poderão ser inscritos se tiverem placa preta.
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