1,5 mil demissões estão canceladas e todos os colaboradores, horistas e mensalistas terão redução de 20% da jornada de trabalho e de 10% dos salários
A Mercedes-Benz do Brasil firmou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que concede estabilidade de emprego até 31 de agosto de 2016 aos
quase 10 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, São
Paulo, onde são produzidos caminhões, chassis para ônibus e agregados
(motores, eixos e câmbios).
O acordo estabelece para todos horistas e mensalistas da planta a redução de 20% da jornada de trabalho e de 10% dos salários com a adoção do Programa de Proteção ao Emprego – PPE. A
Mercedes-Benz é a primeira fabricante de veículos a adotar o PPE como
medida para amenizar os efeitos negativos da crise aos seus
colaboradores. Além disso, entre outras medidas de contenção de despesas, foi acordada para o próximo ano a aplicação de somente 50% do INPC.
“Estamos
felizes pelas famílias e pelos nossos funcionários, que terão a
garantia de emprego até o próximo ano. Isso representa um fôlego tanto
para a Empresa quanto para os colaboradores diante de uma forte crise
econômica no País”, afirma Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz
do Brasil e CEO América Latina.
Durante
as constantes negociações, antes de oficializar a necessidade das
demissões de 1,5 mil pessoas, a Empresa sempre destacou a sua disposição
de encontrar uma solução que permitisse a Companhia e aos seus
funcionários suportarem a crise.
Como prova, foram realizadas, desde maio de 2014, várias medidas para tentar gerenciar o excesso de pessoas, como banco
de horas, semanas curtas, férias e folgas coletivas, licenças
remuneradas e várias oportunidades de desligamento voluntário - PDV,
além de lay-offs de julho de 2014 a setembro de 2015.
“As
expectativas de vendas para o mercado de veículos comerciais em 2015
continuam negativas e não existe nenhuma previsão de recuperação no
próximo ano.
Nesse sentido, o País precisa de medidas para sair da
recessão, controlando a alta inflação e as elevadas taxas de juros,
retomando o crescimento econômico e despertando a confiança dos
investidores para realizar novos negócios.
A falta de estabilidade
política e econômica gera uma desconfiança dos clientes, que deixam de
investir no mercado brasileiro. Essa situação, se não resolvida,
continuará ameaçando as empresas e a manutenção de empregos no País”,
conclui Schiemer.
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