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Coluna “Alta Roda”: Oportunidade perdida

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Fernando Calmon*

A 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, realizada semana passada em Brasília, foi meritória por reunir experiências nesse tema tão complicado ao redor do mundo. Acima de tudo, ficaram registradas assimetrias por todos os lados dadas as diferenças culturais, de mentalidade e de desenvolvimento econômico entre os países.

O documento final, denominado de Projeto de Declaração de Brasília, é muito longo e burocrático. Só a introdução inclui 31 tópicos, seguidos por mais 30 itens de ações recomendadas para “fortalecer o gerenciamento de segurança no trânsito e aprimorar a legislação e a fiscalização”. Além do conteúdo repetitivo, algumas organizações internacionais, na ânsia de se destacar, forçaram sugestões difíceis de aceitar dentro do bom senso. Optaram por pecar pelo excesso e pintam um quadro ainda mais sinistro.

Ninguém sabe ao certo quantas pessoas morrem em acidentes terrestres. Estatísticas são, de fato, precárias entre outras razões por exigir dinheiro e coordenação, raros em países pobres e até emergentes. O número em voga chega a 1,25 milhão de mortes/ano, porém o mundo tem 7 bilhões de pedestres permanentes ou eventuais, 1,2 bilhão de veículos motorizados de quatro ou mais rodas e bem além disso entre motocicletas e bicicletas. As distâncias percorridas são descomunais, mas quem leva em conta? Nos países desenvolvidos e de média força econômica os mortos registrados representam cerca de 120.000/ano (10% do total).

O governo brasileiro anunciou, finalmente, sua adesão “em pouco tempo” ao protocolo WP.29, o Fórum Mundial para a Harmonização dos Regulamentos Veiculares, da ONU. Desde 1952 há tentativas, com maior ou menor sucesso, de coordenar os esforços de vários países em melhorar segurança veicular, emissões, eficiência energética e até dispositivos antifurto. O desastrado projeto de rastreadores no Brasil teria sido evitado sob o WP.29, fora outros desmandos.

No entanto, a obrigatoriedade do sistema eletrônico de estabilidade (ESC, sigla em inglês) ainda está em “fase final de discussão”, segundo o ministério das Cidades. Previsão de anúncio para todos os automóveis é o final deste ano, com prazo até 2020. Perdeu-se, assim, a oportunidade de algum protagonismo do Brasil na conferência, pois dificilmente cumprirá a meta de redução pela metade do número de mortes, depois de o País ter aderido à Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, outra campanha da ONU. O ministério também acenou que iniciará, “em breve”, estudos para implantar algum sistema de frenagem autônoma.

A organização Global NCAP lançou a iniciativa de âmbito mundial Stop the crash (em tradução livre, Basta de acidentes). Além do ESC e do ABS para motos, preconiza três níveis de frenagem emergencial a fim de evitar colisões em cidade e estrada, além de atropelamento em baixa velocidade (o mais comum). Cada acionamento automático de freio tem custo diferente, mas o conjunto deles ficaria mais barato de implantar, se houvesse adoção simultânea em muitos países. Também sugeriu sistema de monitoração da pressão de pneus, defendido por essa coluna por sua atraente relação custo-benefício.

RODA VIVA

APESAR de manter o nome Captur, o crossover médio-compacto que a Renault produzirá na fábrica paranaense nada tem a ver com o produto original, concorrente do Peugeot 2008, à exceção de sutis traços de estilo. Estrutura é o da família Logan/Sandero/Duster/Oroch e as dimensões internas permitem até sete pessoas. Lançamento previsto para daqui a um ano.

NOVEMBRO marca os 40 anos de criação do Proálcool, o pioneiro programa de combustível renovável que ajudou o País a atravessar o segundo e mais grave choque do petróleo nos anos 1980. Atualmente os EUA produzem mais etanol que o Brasil, mas no uso em motores flex continuamos bem à frente. Essa tecnologia é oferecida por 19 marcas e cobre 90% do mercado.

NADA como a boa concorrência. EcoSport com motor de 1,6 litro mais potente (131 cv) e câmbio automatizado de duas embreagens, a preço competitivo na faixa do HR-V e do Renegade, pode ganhar fôlego até chegar a reestilização em 2016. Câmbio de seis marchas em algumas situações fica mais lento nas trocas, mas no geral o nível de conforto oferecido é bom.

MECANISMO fiscal de substituição tributária do ICMS (uma aberração brasileira) até funciona em tempos de vendas boas para evitar sonegação. Mas, em situações extremamente difíceis como a atual, é um fator que segura descontos legítimos de preços. Afinal, não dá para recolher impostos sobre uma base alta fictícia imposta pelos Estados. Todos saem perdendo.

MODISMO de estepe externo pendurado na tampa de modelos aventureiros e pseudoaventureiros está em paulatino recuo. Além do custo maior, estética discutível e eventuais danos a outros carros em manobras de estacionamento há ainda o peso extra de reforços estruturais e aerodinâmica prejudicada. Em tempos de economia de combustível é tudo o que não se quer.

*fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Pesados

Tecnologia torna gestão do pátio de veículos mais inteligente

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Volkswagen Caminhões e Ônibus e Taggen desenvolvem projeto-piloto utilizando a tecnologia Internet das Coisas

A VWCO – Volkswagen Caminhões e Ônibus, em parceria com a Taggen Industries & Services, dá início a um projeto-piloto na sua fábrica, em Resende (RJ), utilizando a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) para uma gestão mais eficiente do pátio de veículos.

Volkswagen Caminhões e Ônibus e Taggen desenvolvem projeto-piloto utilizando a tecnologia da Internet das Coisas

“Nossa estratégia de manufatura está focada na digitalização de nossa fábrica. Já evoluímos bastante e temos diversas frentes de trabalho para fortalecer ainda mais esse progresso. Nesse sentido, esse projeto-piloto vem para consolidarmos estudos de iniciativas que podem gerar ainda mais agilidade na produção dos caminhões e ônibus Volkswagen, aumentando nossa produtividade”, afirma Hugo Souza, diretor de Produção e Logística da VWCO.

O projeto tem como objetivo incorporar avanços tecnológicos para facilitar a geolocalização de caminhões e ônibus entre a linha de produção e os pátios externos, o que trará otimizações dos processos atuais logísticos e melhora no fluxo da produção.

Ele contempla a implementação de um exclusivo sistema de identificação, monitoramento e rastreabilidade dos caminhões e ônibus em produção, em tempo real, entre a linha de produção e pátios. Com mais de 1 milhão de metros quadrados, a fábrica da VWCO requer uma otimização da solução da Taggen justamente para atender à dimensão de sua operação. O alcance em relação à tecnologia anterior será quatro vezes superior, com uma demanda de infraestrutura reduzida a menos de 10% do que será necessário originalmente.

Maximização da eficiência

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Dispositivos com tecnologia 100% nacional – os chamados TaggenBeacons – são monitorados por antenas (Taggengateways) parametrizadas com a tecnologia para operação 24 horas por dia, nos sete dias da semana.

Tudo conectado a uma rede independente e com autonomia de operação via bateria e altamente resistente às intempéries para criar a estrutura do Sistema de Localização em Tempo Real (RTLS – Real Time Location System, em inglês).

Esses dados são acompanhados por uma plataforma em nuvem da Taggen e disponibilizadas para que os profissionais da montadora possam rapidamente mapear a posição de seus veículos. A qualquer tempo, de qualquer celular.

Werter Padilha, CEO da Taggen, explica que a parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus foi facilitada pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), que também são parceiros da startup no desenvolvimento de toda a solução do sistema. Parte dos recursos envolvidos neste projeto-piloto advém do convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii) por meio de sua linha Rota2030.

“Estamos muito felizes com essa parceria com Volkswagen Caminhões e Ônibus que é líder de mercado, uma empresa sempre atenta às inovações que otimizam seus processos e investindo nos avanços da Indústria 4.0 e da IoT. Este é um projeto estratégico que vai proporcionar agilidade, maximização da eficiência e redução de tempo à VWCO. Nossa solução que envolve sistemas em cloud, smartphones e dispositivos IoT já está em estágio de ‘go to market’ e esta primeira etapa com a VWCO é um passo relevante para comprovarmos os ganhos e retornos esperados”, destaca.

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Volvo Cars amplia diretoria no Brasil para dobrar vendas

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Volvo Cars amplia diretoria no Brasil para dobrar vendas

A Volvo Cars anunciou sete novos executivos, em diferentes áreas da companhia, para cumprir uma missão bastante ambiciosa no mercado brasileiro: lançar o EX30 no Brasil e terminar o ano de 2024 com duas vezes mais vendas do que no ano passado.

Os sete novos executivos da Volvo Cars também têm a missão de lançar o EX30 no País

“Temos muito orgulho de receber este reconhecimento do time global e, com essa nova diretoria, temos a missão de continuar criando esta cultura organizacional forte e que trouxe a Volvo onde ela está hoje. Se tivermos o time certo e as pessoas motivadas, atingiremos nossos objetivos e acho que este time que criamos é o ideal para continuar construindo isso”, afirmou Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil.

A mudança é reflexo do anúncio feito ano passado, quando a operação da América Latina teve uma ampliação de escopo e passou a ser responsável pela gestão de todos os importadores da Volvo globalmente, tornando-se GILA – GGlobal Importers + Latin America, sob a gestão de Luis Rezende.

Em outubro de 2023, a Volvo Car Brasil anunciou que o país passaria a englobar a operação de 60 países ao redor do mundo. Desde então, a estrutura local tem se preparado para abraçar o novo desafio.

Com o recente anúncio, a Volvo cria um time específico para a operação Brasil e reforça o seu comprometimento com o país.

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Ao todo, a empresa anunciou sete novos diretores: Tatiane Faria (diretora de Network), João Reia (diretor de Finanças), Mirella Cambrea (diretora de Marketing), Rita Leme (diretora de RH para GILA), Eduardo Oshima (diretor de Pós-Vendas), Ricardo Ferreira (diretor de Segurança Corporativa Latam) e Christian Becker Sahd (diretor de Vendas).

Eles se juntam a Marcelo, Luciano Ferreira (diretor Jurídico) e Guilherme Galhardo (head de Eletrificação e diretor de Digital) – ambos já diretores para a região, e agora exclusivamente para o Brasil.

Em 2023, a Volvo Car Brasil emplacou mais de 8.600 carros, consolidando o melhor ano da montadora sueca no Brasil. Para 2024, com a chegada do EX30, a expectativa é que a empresa consiga dobrar o número de emplacamentos no país.

Mais sobre os novos executivos

Tatiane Faria assumiu a diretoria de Network e é formada em Administração e Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, com especialização em gerenciamento e planejamento de eventos pela ESPM e pós-graduação em Trade Marketing pela FGV. Está na Volvo desde 2014 e passou pelas áreas de Eventos, Trade Marketing e Mercados Importadores.

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João Reia assumiu a diretoria de Finanças e é formado em Engenharia de Produção pelo Instituto Mauá de Tecnologia – IMT e pós-graduado em Gestão Financeira pelo Insper. Possui larga experiência nas áreas Financeira e Comercial de importantes companhias dos setores de varejo e serviços. Ingressou na Volvo em 2019.

Luciano Ferreira manteve-se no cargo de diretor Jurídico e é advogado há mais de 24 anos, com MBA em Gestão Empresarial. Possui muita experiência em escritórios de advocacia no Direito Empresarial, com mais de 15 anos exercendo a Gestão do Departamento Jurídico de empresas. Ingressou na Volvo em 2016.

Rita Leme assumiu a diretoria de RH para Global Importers e Latam. Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, construiu toda a sua carreira na área de Recursos Humanos. Possui mais de 20 anos de experiência, tendo trabalhado no setor de serviços e de papel e celulose. Entou na Volvo Cars em janeiro de 2024;

Eduardo Oshima assumiu o cargo de diretor de Pós-venda e é administrador de empresas, com MBA em Business Administration pelo Insper e mestrado em sustentabilidade pela FGV. Atua há mais de 24 anos na indústria automotiva com passagens por Renault, Jaguar, Land Rover, Grupo Stellantis e Ducati. Ingressou na Volvo Cars em 2018.

Mirella Cambrea é formada em Publicidade e Propaganda com MBA em Marketing pela ESPM. Possui mais de 23 anos de experiência na indústria automotiva, e entrou na Volvo em 2001. Além da área de Marketing, trabalhou também na área de Inovação na qual, entre outras atividades, liderou o lançamento do plano de carga rápida da companhia. Retornou ao Marketing da empresa sueca em 2023 e agora assumi a diretoria.

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Christian Becker Sahd é formado em Engenharia Mecânica com ênfase em automobilística pela FEI, e possui Pós-Graduação em Administração Industrial pela USP. Com 27 anos de experiência no ramo automotivo, já passou por diferentes marcas do segmento premium e de volume. Está na Volvo Cars desde 2016 e já passou por diversas áreas como Vendas & Marketing, Estratégia, Experiência do Consumidor, Sustentabilidade e Inteligência de Mercado, atuando agora como diretor de Vendas.

Guilherme Galhardo, head de Eletrificação e diretor de Digital, é Engenheiro Elétrico e pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios pelo Mackenzie. Certificado PMP com atuação em Gerenciamento de Projetos por mais de 10 anos, entrou na Volvo em 2020.

Ricardo Ferreira é diretor de Segurança Corporativa LatAm desde março de 2024, além de membro da Overseas Security Advisory Council (OSAC) e da American Society for Industrial Security (ASIS). Conta com mais de 24 anos de experiência na área de Segurança e grande experiência no mercado latino-americano. Foi responsável pela segurança de grandes corporações globais quando atuou como Diretor de Segurança LatAm para um importante empresa de Consultoria de Segurança Corporativa americana.

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Esportes

Ingo Hoffman ministra o BMW Driver Training 2024

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BMW Driver Training

O BMW Driver Training já tem programação definida para 2024 e está com vagas abertas. O curso tem foco em habilidades, segurança de direção e esportividade, e será ministrado por Ingo Hoffman, piloto oficial da BMW e maior campeão da Stock Car.

Atividades do BMW Driver Training ocorrerão no Circuito Panamericano e no Autódromo do Velocitta

Neste ano, o BMW Driver Training contará com duas opções de treinamento: Módulo Experience – programa com veículos da frota BMW, e Módulo Performance – veículo BMW do próprio cliente. Ele acontecerá em duas localidades, no Circuito Panamericano e no Autódromo da Velocitta, ambos no interior de São Paulo.

Aplicado por pilotos profissionais e especialistas em segurança e performance, o treinamento proporciona aos participantes o aprimoramento de seus conhecimentos ao volante em diferentes situações de pistas e no trânsito, orientando ao motorista a prever, analisar e reagir a possíveis cenários de risco, além de melhorar tempos em pista.

Realizado desde 1999 no Brasil, o BMW Driver Training acontecerá nos dias 03 e 04 de maio, 21 e 22 de junho no Circuito Panamericano, com o Módulo Experience. E nos dias 09 e 10 de agosto, e 27 e 28 de setembro, no Autódromo Velocitta com o Módulo Experience e Módulo Performance. O curso tem duração de um dia e é limitado a 20 participantes, divididos em duas turmas de 10 alunos.

Para inscrição e informações sobre atividades e compra de ingressos, acesse o site https://www.minhasinscricoes.com.br/Evento/BMWDriverTraining.

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